Diabetes
- É uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta
de insulina e/ou incapacidade da insulina de exercer seus efeitos
adequadamente. Tendo como alterações clínicas as desordens metabólicas,
vasculares e neuropáticas.
- Os sintomas comuns á diabetes são: cansaço, muita sede,
emagrecimento, aumento do apetite, urina aumentada.
- Caracteriza-se por:
· Hiperglicemia crônica
· Distúrbios dos metabolismos
dos carboidratos
· Distúrbios do metabolismo
dos lipídios
· Distúrbios do metabolismo
das proteínas
- São decorrentes de alterações nas células Beta do
pâncreas ou a inatividade da insulina. Com isso, não há a degradação do
carboidrato, e a glicose fica acumulada, promovendo processos patológicos –
Diabetes Mellitus (DM).
1.O
AcetilCoA é um metabólito comum à carboidratos (CHO), proteínas (PTN) e
lipídeos (LIP), e que será usado para a produção de ATP (adenosina trifosfato –
energia).
2.Alterações nas vias de PTN
também podem provocar o aumento de glicemia, pois a via comum leva a AcetilCoa,
que pode ser alterada, dependendo da necessidade, e convertida em glicose.
3. NÃO
é possível converter LIP em glicose, em seu metabolismo para gerar energia o
AcetilCoA pode ser convertido à Corpos Cetônicos.
o Na DM, há distúrbios no
metabolismo de CHO, PTN e LIP.
Há
3 tipos de Diabetes:
> DM Tipo I:
É INSULINO DEPENDENTE, possui deficiência absoluta da insulina. Resulta da
destruição das células Beta do pâncreas por engano devido a uma resposta
auto-imune, ou outras causas, como: Hereditárias; Produção de auto anticorpos (anticorpos
anti-insulina); Vírus (Rubéola, CMV, Parotidite – esses vírus conseguem
destruir as células Beta, receptores de insulina e a própria insulia)
> DM
Tipo II: É de etiologia multipla, e INSULINO NÃO
DEPENDENTE. Deficiência relativa da insulina, que tem incidência maior após os
40 anos, e está relacionada com a obesidade e o sedentarismo, alem de possuir
um fator hereditário maior que a do tipo I.
>DM
Gestacional: Semelhante a do tipo II, onde há uma
resistência da ação da insulina, provocada pelos hormônios produzidos durante a
gravidez; Aparece por volta da 24ª semana de gravidez.
- Durante a gravidez, a
placenta, órgão responsável pela nutrição do feto, aumenta muito a produção dos
hormônios estrógeno, prolactina e progesterona no corpo da mãe. Esses hormônios
interferem na ação da insulina. A mãe precisa, então, aumentar a sua produção
de insulina pelo pâncreas para que a glicemia fique como antes, em níveis
normais, aumentando assim a GLICEMIA.
A insulina estimula a via glicolítica,
pois auxilia a entrada da glicose nas células – formará o ATP, ou o excesso é
armazenado sob forma de glicogênio. É liberada quando há um aumento de glicose
no sangue, dessa forma ocorre o consumo.
4. A
Insulina adere se ao receptor de insulina, facilitando assim a entrada de
glicose, através de PTN transportadores de glicose – GLUT.
5. Os GLUTs podem ou não serem
dependentes de Insulina.
o Não
dependentes: GLUT1 (capilares cerebrais), GLUT2 (intestino e fígado),GLUT3
(cérebro) e GLUT4 (adipócitos e fígado – principalmente no fígado há o GLUT4,
alem do 2 e o 7).
Já o glucagon é liberado quando os níveis de glicose estão baixos, pois
estimula a produção de glicose.
A amilina
atua na regulação, associada com o esvaziamento gástrico, onde quando há
grande qtde de glicose para absorver,ela atua amenizando a absorção pelas
células intestinais; é produzida pelas células beta da pâncreas, e secretada
junto com a insulina (100 insulina – 1amilina), quando há grande quantidade de
insulina liberada, ela atua interferindo no reconhecimento de glicose para as
células Beta, diminuindo liberação de insulina, e aumentando a produção de
glicose.
Fatores de risco
- Idade acima de 25 anos
- Obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual
- Deposição de gordura em excesso no tronco
- História familiar
- Crescimento fetal excessivo
- Hipertensão ou pré eclampsia na gravidez atual
- Antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal,
macrossomia fetal.
Critérios de Diagnóstico
- Glicemia de jejum é o exame mais recomendado
- Limite de normalidade para a glicemia de jejum. ( 70 a
99 mg/dL )
- Glicemia superior a 126 mg/dL em mais de uma ocasião,
confirma o diagnóstico de DM
Diagnóstico Laboratorial
- Curva
glicemica: dosagem de glicose a cada hora para aferir a glicemia. Onde
normal é 70-99mg/dl; Na curva glicemica, caso dê 126mg/dl 2x repeditas pode ser
indicio para DM;
Glicemia ao acaso acima de 200 mg/dL, associada a
sintomas é um critério diagnóstico.
- A HbA1C
(hemoglobina glicada) é indicador analisado, mas não um critério para indicar
DM, pois quando há o aumento na quantidade de glicose, essa se liga fortemente
à Hb e de forma irreversível (não há
necessidade de glicose, pois a hemácia é permeável a molécula de glicose).
É utilizada para documentar o grau de controle glicêmico,
e monitorar os riscos de desenvolvimento e progressão das complicações crônicas
da DM.
- Microalbuminúria,
a sua presença indica comprometimento renal.
- Proteinúria,
a presença de albumina na urina, por lesão renal.
- Glicosúria,
avalia o aparecimento da glicose na urina, desde que a concentração sanguínea
ultrapasse o limiar de absorção (180mg/dl).
- Cetonúrias,
a presença de corpos cetonicos na urina, que se originaram do uso dos
triglicérides como fonte energética.
- Frutosamina,
avalia a concentração de proteínas glicosiladas.
- Peptideo C
sérico, ela é formada durante a conversão da pró-insulina em insulina.
Os níveis séricos de peptídeo C se correlacionam com os níveis séricos de
insulina no sangue.